terça-feira, 12 de janeiro de 2010

JUSTA HOMENAGEM

Carta publicada na Carta do Leitor em 13/12/2001 - Jornal Tribuna da Bahia
Outro dia, ao passar em frente à Casa do Comércio, deparei-me com a placa da Rua Coronel Almerindo Rehem. Foi agradável a surpresa. Voltei aos tempos de juventude e lembrei do bom e amigo coronel. Amigo dos seus filhos, privei da boa amizade desta família. Voz forte, voz grossa, garbo militar, alegre, comunicador, amigo de todos, diplomata no tratar, assim conheci o coronel. Sertanejo de Aribicé, povoado do município de Euclides da Cunha, chegou a esta capital trazido pelo seu irmão, Oscar Nascimento Rehem. Analfabeto até os 18 anos, contava aos filhos que, para se alfabetizar, cursou uma escola na Barra. Todos os seus colegas eram crianças e somente ele, adulto. Nas aulas, quando errava uma letra, “ganhava” um bolo que a professora, usando palmatória, não desculpava. O bolo não doía, dizia ele, porém, a vaia dos pequenos colegas era insuportável. Estudou, aprendeu, pegou o amor pela leitura e não parou mais de ler, fez o seu conhecimento. Já na Polícia Militar, como soldado, trabalhou com afinco, entrou para a banda de música, tocando oboé. O maestro não gostava dele e – contava ele – ao passar em revista, invariavelmente, pisava nos seus pés. Largou a banda, continuou a sua vida na carreira militar e foi servir, comandando a Guarda de Polícia, como sargento, onde foi descoberto pelo governador Góes Calmon, que o promoveu a tenente, em face do seu destacado desempenho. Na sua corporação, galgou todos os cargos, sempre imprimindo a sua maneira característica de comandar, chegando por fim ao mais alto posto de coronel. Foi comandante da Guarda Civil, chefe do Estado-Maior e comandante da Polícia, chefe da Casa Militar do interventor Landulfo Alves e dos governadores Antonio Balbino e Lomanto Júnior. Foi agraciado com muitas condecorações pelas Forças Armadas, sempre pelo seu destacado desempenho nos diversos cargos exercidos.
A denominação da rua com o nome do coronel, foi uma homenagem do vereador Ivan Ramos, que sendo seu vizinho - morou na casa em frente - teve singular oportunidade de conhecê-lo intimamente.
O elogiável gesto de Ivan Ramos resgata uma dívida da cidade a um dos seus mais ilustres moradores, que com sua vida exemplar, sempre cultuando a amizade sincera, transformou-se num verdadeiro marco de dignidade e honestidade.
José Osvaldo Alves (Jornalista)

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

As três peneiras

Alberto era um executivo. Um operário ou um profissional como tantos que conhecemos. Logo que foi transferido, no primeiro dia de trabalho, para fazer média com o chefe, saiu com esta:
- Chefe, o senhor nem imagina o que me contaram a respeito do Venâncio. Disseram que ele...
Nem chegou a terminar a frase, o chefe o interrompeu:
- Espere um pouco, Alberto. O que você vai me contar já passou pelo crivo das três peneiras?
- Peneiras? Que peneiras, chefe?
- A primeira é a peneira da verdade. Você tem certeza de que o que vai me contar é absolutamente verdadeiro?
- Não, não tenho certeza. Como posso saber? Foi o que me contaram.
- Então, sua história não passou na primeira peneira. Vamos então para a segunda peneira, a peneira da necessidade. Você acha necessário me contar isso ou mesmo passar adiante esta história?
- Claro que não, chefe! Nem pensar nisso! Dizer isso de mim?
- Então, sua história não passou na segunda peneira. Vamos ver a terceira que é da bondade. O que você vai me contar, gostaria que os outros também dissessem o mesmo a seu respeito?
- Não chefe. Minha história não passa no crivo dessas peneiras. Ela pode não ser verdadeira, não ser benéfica a ninguém, nem necessário contar - fala Alberto, um tanto desapontado consigo mesmo.
- Pois é Alberto. Já pensou como as pessoas seriam mais felizes se todos usassem essas peneiras? – diz o chefe sorrindo e continua:
- Da próxima vez em que surgir um boato por aí, submeta-o ao crivo dessas três peneiras: Verdade, Necessidade e Bondade, antes de obedecer ao impulso de passá-lo adiante, porque:

Pessoas inteligentes falam sobre idéias,
Pessoas comuns falam sobre coisas,
Pessoas medíocres falam sobre pessoas.

- texto enviado por Milena Rehem -

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

FELIZ 2010, FELIZ ANO NOVO!!!!!!!!!!!!

"Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.


É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."


Carlos Drummond de Andrade



... E você, como foi de reveillon? Gostaríamos de saber, nos conte!